É a solidão.
Sim, a solidão, o vazio, a incompleteza. É a minha essência, é o que me define. Depois de tantos anos, séculos, eras... O que sobra é o vazio. É o preço a se pagar por uma eternidade. A não-morte não é confortável e gentil, ela é fria, é dura, é amarga. Muitos tentam preencher o vazio com o que podem agarrar: poder, luxúria, mais mortes. Mas é tudo passageiro, são apenas motivações vazias para uma vida v azia. Qual o propósito de uma vida que não tem fim? Até quando isso é prazeroso? É apenas uma prisão disfarçada. A tentação do poder, do fascínio, promessas de uma criatura mesquinha e narcisista que não consegue aguentar essa solidão e precisa de alguém para dividir essa angústia. Mas eles não admitem. Não querer dar o braço a torcer, que essa “dádiva” que eles tanto prezam é apenas uma ilusão. A ilusão do domínio e da conquista. Conquista de território, conquista de castelos, de pessoas, de almas. O gosto do sangue parece a melhor coisa do mundo. Sim, no inicio sim. Com o tempo é